CARLINHOS BROWN COMENTOU SOBRE A GREVE DA PM-BA

Em entrevista ao jornal O Globo, o artista falou sobre a greve da Polícia Militar na Bahia

"Vou fazer o carnaval se tiver segurança. Sem isso, não dá. Não é que a cidade seja fascista. Mas tem gente que aproveita e vira baderneiro por 24 horas. A gente não quer ver cidadãos mortos, não quer ver guerra. Eu me sinto envergonhado de ser incapaz de fazer alguma coisa. A gente (os artistas) foi muito omisso nessa história" 

 Foto: Site Bahia Negócios


O cantor Carlinhos Brown, que esteve em Paraty, no Rio de Janeiro, para a gravação do "Luau MTV" ao lado de Jorge Ben Jor, comentou sobre a greve da Polícia Militar da Bahia, que levanta deste a ultima terça-feira, 31, uma onda de violência em Salvador e Região Metropolitana. "Estou trocando o Oscar pela paz na minha cidade e no meu país. Minha cidade deste jeito e eu pensando em comemorar? Não dá. Meu troféu é a paz", disse o artista em entrevista ao jornal O Globo.

Brown, que foi indicado ao Oscar pela trilha sonora do filme Rio, também contou à publicação que a classe artística não se manifestou com veemência suficiente sobre os incidentes em Salvador. O artista disse ainda que não pode garantir sobre a participação dele no Carnaval. "Vou fazer o carnaval se tiver segurança. Sem isso, não dá. Não é que a cidade seja fascista. Mas tem gente que aproveita e vira baderneiro por 24 horas. A gente não quer ver cidadãos mortos, não quer ver guerra. Eu me sinto envergonhado de ser incapaz de fazer alguma coisa. A gente (os artistas) foi muito omisso nessa história", lamentou ele, ainda durante o bate papo com o jornal.

Ainda sobre a greve de PMs, o cantor baiano reforçou a ideia de que a culpa do caos na cidade não se deve apenas aos grevistas. "Não podemos falar só da polícia. Os governantes precisam reestruturar a figura do servidor público. Isso começou com os bombeiros no Rio de Janeiro. Quem disse que a força nacional também não pode entrar em greve? Fazer greve é um direito de qualquer cidadão. Não estou a favor ou contra governo ou os policiais. Sou a favor de um entendimento que nao exponha a sociedade. A Bahia é calma, mas quando se rebela, rebela mesmo", pontuou ao jornal.

Fonte: Site Ibahia